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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A serviço de quem?

Há pouco tempo atrás muitas pessoas morriam de pneumonia, tuberculose e até mesmo gripe. Hoje em dia, com tantas pesquisas e tecnologias disponíveis, temos conhecimento suficiente para tratá-las e até mesmo evitá-las. Assim espero que um dia aconteça com as grandes dificuldades que nos atingem no dia-a-dia: dificuldades de relacionamentos, drogas, álcool, doenças, depressão, pobreza... Precisamos urgentemente sair da rodinha do ratinho que apenas circula, circula todos dias e aprender a olhar além do aparente para percebermos o que há por trás de uma dificuldade... da falta de saúde... da falta de realização pessoal e amorosa... da falta de recursos financeiros pra viver uma vida com tranquilidade... 



Precisamos constantemente nos perguntar:

O que precisa ser visto? Quem é necessário incluir?


A Constelação Familiar/Sistêmica traz luz a essas perguntas aparentemente inexplicáveis: “por que tal pessoa tão boa passou por tal situação tão ruim?”, “por que eu não dou certo em nenhum relacionamento?”, “eu quero muito tal coisa mas nunca consigo.”, “por que todos irmãos de uma família são bêbados?”, “por que todas irmãs tem dificuldade de ter filhos?”... Através de uma vivência de Constelação busca-se a liberação de um problema atual olhando para a origem no passado. Seja nesta geração ou anterior, algo aconteceu que não foi processado, ficando pendente para que as próximas gerações resolvam. Ao olharmos para a origem nos liberamos, ao não olharmos ela segue conosco e passa aditante para as próximas gerações.

Essa semana tive, pessoalmente, duas experiências muito impactantes com pessoas próximas que me fizeram refletir muito sobre como é urgente olhar além. As duas situações envolviam homens e ambos faziam uso de álcool constantemente e “odiavam” seus pais/ antepassados, ou ao menos amaldiçoavam seus sobrenomes... Como já vimos aqui no blog, esse sintoma (alcoolismo) tem a ver com ausência de pai, não necessariamente ausência física, mas sim uma indisponibilidade dele em ocupar o lugar de pai. Um morreu num acidente de carro após beber, o outro segue bebendo constantemente e amaldiçoando seu próprio sobrenome, que também é do seu filho e será dos seus netos...

Presenciei as duas histórias no mesmo dia, e cresceu em mim uma vontade de espalhar pro mundo a importância do autoconhecimento, a importância do conhecimento e vivência das Constelações. Não que seja a tábua de salvação, ou a única alternativa para vivermos bem, mas porque é a única ferramenta (até o momento) que nos permite “olhar de fora de nós mesmos” e perceber como o amor atua de formas tão duras quando inconsciente.

Bert Hellinger nos diz que “Todas as crianças são boas”, pois toda criança se doa ao sistema familiar ao nascer e com isso paga o preço que é pertencer a este sistema: através de doenças, de necessidades especiais que tem, de dificuldades em dormir, timidez, hiperatividade... Se doa ocupando um lugar que foi deixado aberto pela geração anterior e arcando com todo risco e peso desse destino. E assim crescemos vivendo num lugar que não é nosso, deixando de assumir um destino de plenitude e potencialidades, pois sequer sabemos que estamos fora do nosso lugar verdadeiro...


Uma criança que teve um irmãozinho anterior não nascido carrega a carga dessa vida não realizada, tendo uma grande ansiedade/ hiperatividade para viver por dois ou uma fidelidade ao irmão dizendo inconscientemente “se você não viveu, eu também não mereço viver” e então é apática, depressiva, invisível...

Assim filh@s de homens alcoólatras sentem a falta que esse pai sentiu do seu pai, carregam essa dor, revivendo-a com o seu pai e provavelmente repitam o processo com seu filho, não por serem maus, mas por estarem emaranhados, acorrentados a um destino alheio, a uma memória de seu DNA. E como falei, o amor inconsciente nos prende nesses lugares de dor, de sofrimento buscando a integração, buscando que a dor original seja integrada e o sujeito reconhecido, incluído, devolvendo a todos os que estavam presos o seu devido lugar.

A Constelação nos possibilita olhar além do visível e perceber: A serviço de quem essa distância entre pai e filho serve? Quando um homem tem seu pai indisponível, eles estão repetindo qual relacionamento? De quais antepassados? Do pai que ficou pra trás quando seu filho deixou a Alemanha para mudar-se para o Brasil? Do pai do nosso bisavô que morreu aos 3 anos e ele cresceu sendo o homem da casa, cuidando dos irmãozinhos? Do filho sem pai? Do filho ilegítimo?



Esse é um assunto que muito me chama atenção, pois a grande maioria dos homens tem uma imensa dificuldade com seu pai; o que, certamente, o afasta de uma relação saudável com sua companheira e seus filhos... Estando indisponível para seu filho, será uma nova geração de homens distantes do pai, deslocados de lugar e assim sucessivamente... até quando??

Você que é homem, pense sobre isso. Pense do seu lugar de filho: como encara seu pai? Consegue, internamente, lhe bendizer e agradecer por ter dado a vida? Consegue, mentalmente, lhe dizer que sente muito pelas dores que ele passou, mas que agora, com amor, decide fazer diferente? Agradeça, mentalmente, a oportunidade de libertar-se desse ciclo. Mesmo que não tenha conhecido seu pai, ele existiu, ele continua vivo em ti. 

Decida agora libertar-se, retornar seu lugar de filho, com respeito, com amor.

Você que é mulher, mentalmente, honre seu pai. Agradeça-o pela vida, agradeça aos que vieram antes dele, honre os destinos deles exatamente como foram. Se você tem um marido, olhe com amor pros antepassados dele, olhe com amor pra dificuldade dele com o pai, aconselhe-o a procurá-lo; se já morreu, que faça uma oração, uma homenagem... Se você tem um@ filh@ com um homem diga pro seu/sua filh@ que este é o pai certo, que esta criança nasceu do amor de vocês, não diga que o pai é ruim, pois ao fazer isso estará perpetuando a ausência, tirando a chance desse menino ser diferente justamente do que tanto criticas.

Se você conhece alguém que pode estar precisando desse puxão de orelha, recomende esse texto. Precisamos, urgentemente, trazer luz (consciência) às pessoas, precisamos mudar o nosso olhar sobre o passado. Já passou e só podemos olhá-lo e dizer “sim, exatamente como foi. Em homenagem a isso faço algo de bom”.



Façamos algo de bom com nossos traumas, nossas dores, nossas tristezas: Sejamos velas acessas pra iluminar o caminho dos demais. Sejamos nós a dar o  primeiro passo pra nos libertar e libertar os nossos de tanto sofrimento e repetições.

Homens, recuperem seus lugares de filhos desse homem, tomem seus pais exatamente como são! Liberem seus filhos. Por eles, façam algo de bom! Comece dizendo internamente pro seu/sua filh@ “Querid@ filh@ você está livre!”.


Ps. Este texto não se trata de voltar a conviver com seu pai, serem melhores amigos, ou amá-lo loucamente, trata de aceitá-lo como ele foi pra você, pois, não sabemos quais os pesos que ele carrega, mas podemos decidir fazer diferente, por eles, por nós e por noss@s filh@s.


Vem Conhecer! Vem Participar! Vem Constelar!
Grupos regulares em Porto Alegre e Novo Hamburgo

Confere a agenda toda aqui


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Um super Beijo com gratidão, 
Vívian Pires 

www.curaquanticaancestral.com.br 
https://www.facebook.com/curaquanticaancestral

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Vícios e Constelação Familiar


O Vício e o Pai


Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, percebeu através de anos de experiência que expressivas vezes que se abria um campo para olhar para um vício, tratava-se da ausência do pai.

Ele nos diz: "Torna-se viciado aquele a quem falta algo. Para ele, o vício é um substituto. Como curamos um vício em nós? Reencontrando aquilo que nos falta. Quem ou o que falta no caso de um vício? Geralmente é o pai." *

Somos metade nossa mãe, metade nosso pai. Somos eles mais + nossa alma/ espírito/ centelha Divina/ fractal da Fonte... Como estar em PLENITUDE sem uma parte de si mesm@? Como podemos estar inteir@s, saudáveis, felizes se parte nossa nos foi excluída?

Se nosso pai se ausentou fisicamente, morreu quando éramos pequenos, se não fomos criad@s com ele, se tivemos pouco ou nenhum contato paterno, se ele nem sequer soube de nossa existência muito provavelmente sintamos falta de algo, internamente, inconscientemente... e é este algo faltante que faz com que busquemos fora, nos vícios. Algo que momentaneamente preenche, completa, mas logo se esvai e volta ao buraco, à falta.

Mas, talvez tenhamos tido nosso pai presente, dentro de casa, casado com nossa mãe... e ainda assim termos algum vício. Como isso se dá? Na Filosofia da Constelação Familiar entendemos que cada pessoa deve ter seu lugar de direito honrado, então, se sou uma filha, devo ter meu direito de pertencer como filha respeitado, se sou um pai, devo ter meu direito de filho e de pai respeitado. Quando estamos "ocupando um espaço que não é nosso", como, por exemplo, um homem que não conheceu seu pai e então precisou dedicar-se a cuidar da mãe, das irmãs e irmãos, este homem não está "ocupando o SEU lugar", está deslocado, assim também está ausente na família (mulher + filho). E posso ser eu filho deste pai deslocado, e senti-lo, inconscientemente, ausente em mim.


Outro exemplo de causa para essa exclusão do pai é quando ele é criticado pela mãe, ou pela família dela. Por exemplo um pai que traiu a mãe - A mãe, magoada deseja (ou diz) que o filho jamais seja igual ao pai, que jamais se pareça com ele pois o pai não presta, ele é isso e aquilo... Mas, como vocês devem se lembrar, somos metade mãe, metade pai, e como nosso sistema familiar precisa que todos tenham seu lugar honrado, este filho, muito provavelmente, vai SIM se parecer com o pai. Racionalmente ele acha mesmo errado o que o pai fez, quer defender a mãe do erro do pai, mas internamente, inconscientemente, se vincula ao pai. Mas para que isso? Para que a mãe OLHE e HONRE, o pai ATRAVÉS DO filho. (Mais pra frente escrevo um post sobre as Ordens do Amor onde vou falar mais profundamente sobre)

Então, se você fui adotad@ e nunca conheceu seu pai, se nasceeu numa família onde o masculino é desrespeitado, se precisou se virar sozinh@ porque seu pai não estava presente, ou se você se preenche com coisas externas buscando tapar um espaço vazio, INSPIRE, visualize seu pai (pra quem não o conheceu visualize um homem desconhecido) e diga mentalmente "Querido pai, tomo você em minha vida e em meu coração". Faça sempre que precisar, sempre que lembrar. Faça enquanto come, bebe, fuma, medita...

E se lá dentro de seu ser, você sabe que algo precisa ser aceito, se algo mexeu com você... fica meu convite:

Dia 21/Ago em Porto Alegre teremos o Workshop "Pais, Filhos & Filhas - Curando nossa relação com o Masculino".
Confere o evento no face AQUI

Super beijo, INSPIRE e até breve!
Vívian Pires

* Texto extraído do livro A Cura - Bert Hellinger - Editora Atman