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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hierarquia e Aceitação - Ordens do Amor IV

Olá! Depois de três semana afastada do blog por motivos de doença e morte na família, retomo hoje com um assunto que a muito queria escrever: Aceitação. 
Primeiramente, sinto muito pela ausência, vamos lá?

Além das outras duas Ordens do Amor que anteriormente falei, (e você pode ler aqui) a Hierarquia é a mais óbvia e, por isso, mais facilmente esquecida.  

Dentre as observações de Hellinger, ao longo de anos de estudo e vivência, ele percebeu que onde a hierarquia era respeitada havia mais harmonia e sucesso entre os integrantes do clãs. E onde havia desrespeito, muitas complicações entre as gerações.
E como seria esse desrespeito? Será que fazemos assim, tão inconscientemente?? desordem hierárquica quando desconsideramos noss@ chefe, quando queremos opinar na vida do irmão mais velho, da tia, do pai, da mãe, quando chegamos num emprego/instituição e queremos mudar tudo, quando achamos que sabemos mais que @ professor@ do noss@ filh@, quando desvalorizamos os que contribuíram antes para hoje uma determinada instituição estar como está...


A Lei da Hierarquia diz que "quem veio antes tem precedência", quem veio antes sabe de si. E juntamente com essa lei é necessário uma compreensão da Aceitação. Vamos, então, relembrar que cada pessoa nasce na época certa, na família certa, com o sistema financeiro e social certos, com @s irmã@s certos, na cidade certa e com o sistema de crenças familiar e coletivo certos para o seu pleno desenvolvimento enquanto Alma. A partir de todos esses contextos percebe-se que a pessoa é o que pode ser. Se alguém foi assim, assado, fez aquilo ou aquilo outro é porque estava no limite de suas capacidades, ou seja, fez o melhor que podia com o que tinha. 

Pegue a história dos seus avós como exemplo. Como era a família deles? Tiveram condições de estudar? Puderam vincular-se afetivamente como casal? E com @s filh@s? Tinham condições de ter um imóvel próprio? Puderam realizar-se como profissional e como pessoa? Como eles morreram? De que? Em quais condições emocional e financeira? 
Agora faça-se as mesmas perguntas a respeito de seus pais. Veja a quantidade de filhos, a aproximação com eles, a realização, o trabalho, a casa, a expressão dos sentimentos...  Perceba, mesmo que pequena, a diferença. Agora faça as mesmas perguntas a você mesm@.  
Sim, há muitas semelhanças! Há destinos praticamente idênticos, mas há também muita superação. Cada geração dá um passo a mais que a anterior. Percebe? 


Entende-se, assim, que cada pessoa faz o que pode dentro do contexto social, emocional, político, cultural... Sabe-se lá se você em 1812 não teria feito os mesmos abortos, adoções, assassinatos... Se não teria ocultado os abusos, loucuras, filh@s "bastard@s"!? Provavelmente. 

Aqui quero fazer um parênteses sobre destino, (já falei um pouco disso aqui). Quando eu digo aceitação do que o outro pôde ser, não entenda como "você deve entregar os tacos e aceitar as coisas como são e suas condições (mentais, emocionais, sociais, financeiras) como são, pois são o seu destino". NÃO! Jung já tinha dito que quando você desconhece seu inconsciente, você o chamará de destino.
Penso o destino como portas de um corredor que você escolhe. Não há porta certa ou errada, todas elas te levam a outras portas e mais outras infinitas possibilidades... Assim, suas escolhas vão definindo seu destino. E você pode, em alguns momentos, voltar atrás e tentar uma porta anterior que havia desconsiderado na época. 
Muitas vezes fazemos escolhas achando que estamos plenamente conscientes e quando vemos, aquela decisão foi tomada por uma lealdade ao seu Sistema de origem, como por exemplo, filh@s de imigrantes fazendo o percurso de volta ao país de origem dos ancestrais. Portanto, novamente, autoconhecimento sempre. Somente conhecendo-se, conhecendo seus gostos, desgostos, medos, sonhos, raivas e depois reconhecendo a partícula Divina que há em ti e te habilita a criar uma nova realidade de vida, de mundo pra você mesm@... há uma libertação dos destinos/decisões alheias que vínhamos repetido... E olha que é coisa inconsciente pra "descobrirmos"!!


Voltando. Portanto, manter a hierarquia é saber que seu pai, sua mãe são/foram como podem/puderam ser, que fizeram o que podiam naquele momento, mesmo que esse momento seja o agora! Eles vieram antes, eles viveram pelo menos 10/12 anos a mais que você. Mesmo que você seja pós-doutorad@ em qualquer coisa, eles vieram antes e sabem de suas vidas com mais propriedade que você. 
(Me lembrei agora de uma frase mais ou menos assim "Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem se é.".)
Ah, mas então quer dizer que não podemos ajudar os pais/avós quando ficam doentes ou velhos? Não, quer quiser que não podemos impor nosso jeito de pensar, de viver, de gastar dinheiro, de ver a vida... Podemos auxiliá-los perguntando "como posso te ajudar?", "o que você está precisando?". 

No ambiente empresarial, ou em qualquer outra instituição que você entre e que já existia antes de você é importante que se coloque como "@ últim@", honrando a história da instituição, @s antig@s don@s, sóci@s, chefes, diretor@s. Agradeça a eles por terem deixado a instituição da forma que você recebeu, mesmo que seja quebrada, destruída, bagunçada. E assim, você pode, fazer algo diferente, somente quando honramos o que foi, como foi, estamos habilitados pra fazer diferente. Quando você se volta pros que vieram antes e os critica, acusa, exclui a Vida se encarrega de trazer a mesma situação pela qual a pessoa criticada passou para que você viva na pele o que aconteceu com ela e possa ressignificar o julgador que há em você.


 
Numa empresa/ instituição, mesmo que sua posição seja de diretor@, é muito importante que tod@s que vieram antes de você (no caso de chegar novo num lugar, tod@s) sejam honrados, que você seja agradecido. 

Na relação professor@ - alun@, há um olhar fundamental que @ professor@ deve ter: Aceitação! Hierarquia! Perceber que aquela criança vem de um Sistema perfeito pra ela. Ela enquanto Alma tem muita força, ela escolheu essa família, esse momento histórico, político... Ela tem os pais certos e @ professor@ jamais deve tentar ser os pais dessa criança ou criticá-los, pois como já vimos, criticar os pais de alguém é dizer que  aquela pessoa não presta, pois somos 50% mãe e 50% pai. Cabe @s professor@s olhar para a criança enxergando os pais atrás, e seu olhar deve ser de honra, os pais certos, o destino certo. Assim se empodera uma criança e ela é sua aliada, não mais defende os pais de você, professor@.

  
Pra mim, hierarquia tem tudo a ver com Aceitação. Aceitação e Respeito. É o que precisamos. É o que basta.

Tal pessoa fez tal coisa no passado? Foi o que ela pode, cabe a você aceitar que foi como foi, agradecer e seguir o caminho pra frente. Olhar pro passado, para os que vieram antes nos aprisiona, nos tira do nosso lugar. Olhe pra frente! Siga a vida no curso natural que ela faz: pra frente, pro mais, pra VIDA.

Esse ano de 2016 está acabando e te convido a deixar pra trás muitas experiências negativas, muitas críticas, muitos sentimentos que não te fizeram bem. Deixa pra trás as pessoas que são como são e que te machucam por isso, deixa pra trás o que tu não tem condições, nem competência de mudar. Aproveita faz uma limpeza nas gavetas e estantes... doa livros, roupas, brinquedos. Sempre há quem precise e sempre que doamos, recebemos de volta. Lembra?



Obrigada por você ser quem você é!! Até o próximo post!


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Namastê! (O Deus que há em mim, saúda o Deus que há em você!)
Vívian Pires 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Ordens do Amor III


Dando sequência às Ordens do Amor - Leis Sistêmicas que regulam inconscientemente as relações humanas - hoje vou falar do Equilíbrio da troca.
Você pode ler os posts anteriores AQUI e AQUI.

Para que nossas relações (amizades, parcerias, sociedades, relacionamentos amorosos) deem certo é necessário que haja equilíbrio na troca.

Qual é, na sua opinião, o maior presente que podemos receber de alguém? Imóvel? Carro? Jatinho? Filhx? Faculdade?

O maior presente que todxs nós já recebemos é a VIDA. Nenhum dos citados acima seria possível se antes você não tivesse recebido, de seus pais, a VIDA. Não há como devolvê-la, nem como recompensá-los ou pagá-los por ela. 

Quando estávamos imersos na Totalidade, do "outro lado do véu" escolhemos a família que iríamos nascer. Sempre brinco que escolhemos o DNA pelo potencial de encrenca/ potencial de evolução possível. Como nada é por acaso, escolhemos a dedo a família biológica perfeita para que, como almas, possamos experienciar determinadas situações que precisamos... e esta família aceita-nos receber como parte dela, pois através de nós, os antepassados podem experimentar melhoras.



Então, recebemos a VIDA (a oportunidade de estar aqui agora) de nossos pais biológicos e não temos que devolver nada? Exatamente. E é por esse motivo que vamos para as nossas relações com uma sensação de débito, vamos pré-dispostos a compensar. E é através dos parceirxs, amigxs, que a troca se dá. Um faz um pouco aqui, outro ali... E quando essa balança está descompassada nós sentimos. Sabemos quando estamos fazendo demais por alguém e sabemos muito bem quando também devemos algo.

Muitas relações, de todos tipos, acabam por esta balança estar desequilibrada. Se você já nasce com débito com seus pais, como é ficar devendo ainda a outra pessoa? Um sobrepeso, sim? E o que acontece? A pessoa que recebeu demais vai embora.

"Ah, mas isso é tão injusto!"

Como todxs sabemos, cada ser humano vivo nesta Terra tem um pai e uma mãe, seja conhecidx ou não, bom/boa ou mau/má, vivx ou mortx, todos viemos da união de um óvulo e um espermatozoide.


Quando temos uma relação desigual há uma projeção de mãe ou de pai.  E como somente filhxs se relacionam, buscar um homem que faça tudo por você é o mesmo que buscar o papai, aquele que tudo te deu (Vida) e nada cobrou em troca. Buscar uma mulher que faça tudo pra você é buscar a mamãe. 
Assim, muitas vezes umx parceirx busca que x outrx x ame incondicionalmente, e como vimos, toda relação exige compensação. Não há como apenas receber. Nã há como apenas dar. Ao buscar o amor incondicional dx parceirx provoca-se uma crise, fazendo com que aquele que "deveria" dar além da medida se retraia e se afaste, justamente pela injustiça cometida.

Bert Hellinger ilustra essa dinâmica, maravilhosamente, no livro "No centro sentimos leveza":
"Essa ordem do amor é perturbada quando um deseja e o outro concede; porque o desejar parece ser algo pequeno, e o conceder, algo grande. Então, um dos parceiros se mostra como carente e como alguém que recebe, e o outro, embora talvez ame, se mostra como alguém que ajuda e que dá. É como se aquele que recebe se tornasse uma criança, e aquele que dá se tornasse um pai ou uma mãe. Então, o que recebe precisa agradecer, como se tivesse recebido sem dar, e o que dá se sente superior e livre, como se tivesse dado sem receber. Isso, porém, impede a compensação e coloca em risco a troca. Para o bom êxito de uma e de outra, é preciso que ambos desejem e ambos concedam, com respeito e amor, o que o outro necessita e deseja."

Nesse caso ambos, estão precisando trabalhar sua relação (seu lugar de filho) com os pais.



Numa relação saudável, x parceirx que recebeu algo bom retribui com algo bom também, mas por amá-lx e desejar que a troca continue, este dá algo melhor do que recebeu. E então, o outro fica sob pressão (da dívida inconsciente) e como também ama x parceirx dá algo ainda melhor. Assim a compensação é garantida e a troca continua a existir. Quando não se alcança uma compensação a troca cessa, seja por desinteresse seja por sobrecarga.
Para uma relação bem sucedida é necessário que a compensação no mal também seja feita. Assim, como no bem, quando umx parceirx faz algo que magoe o outro, também deve devolver-lhe. Se fizer algo no mesmo grau, ficam quites. Mas como x parceirx ama o outro, faz algo menor do que recebeu, ou exige algo difícil para que o Amor continue e a troca no bem possa ser retomada.
Mas quando a vítima não consegue/ não quer vingar-se, a compensação e a relação fica comprometida, pois o culpado não consegue mais equiparar-se ao parceirx ofendidx.

Claro que tanto para o bem, quanto para o mal os casais podem seguir trocando. A escolha é de cada casal. Bert Hellinger diz que percebe-se a qualidade de cada relação pelo tipo de troca que possuem. Sendo assim, possível, recuperar relações pelo caminho da troca no bem.



Há também, aqueles que não querem sentirem-se obrigados a retribuir, por isso fecham-se a receber, fecham-se à troca e consequentemente, à Vida.

Assim como, também pode haver desequilíbrio na relação com o trabalho/empresa. O funcionário que tudo pede à empresa, que cada vez quer mais e mais, como uma criança, clama na verdade, pelos pais . Assim como aquele que trabalha demais e recebe pouco, também está em desequilíbrio de troca, provavelmente com os pais, ao receber a Vida .

Para estarmos amplamente habilitados a trocar como adultos precisamos receber nossos pais como são e a Vida que veio deles, exatamente como chegou até nós.

Bert Hellinger, mais uma vez:
"... as pessoas que conseguem tomar seus pais como são, e tudo o mais que eles lhes dão experimentam essa atitude como um afluxo de energia e felicidade. Ela também os capacita a manter outras relações, onde dão e recebem abundantemente."

E então, como estão as trocas nas suas relações?
Você tem se relacionado com umx parceirx ou um pai/mãe?
Tem dado demais?

Vamos olhar melhor essa dinâmica de troca nos relacionamentos amorosos? 
Sábado dia 01/Out às 14h em Porto Alegre, te espero pro Workshop Relacionamentos Afetivos - desvendando os vínculos ocultos. Evento no facebook AQUI


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Vívian Pires

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ordens do Amor II


Olá!! Lembra que no último post estávamos falando sobre as Ordens do Amor, em especial sobre o Pertencimento? (Você pode reler AQUI ). Hoje falaremos dos relacionamentos amorosos anteriores!

A Lei do Pertencimento diz que todos que fizeram parte de um sistema devem ter seu lugar honrado, sim? Inclusive mortos, abortos, assassinos, loucos.... E também aqueles que deixaram o sistema, que abriram lugar para que nós entrássemos.
"Isso quer dizer que faz parte do meu sistema os antigos relacionamentos da minha mãe? do meu pai? dos meus avós?" - SIM! Todo aquele que cedeu lugar também deve ser contado, deve ser honrando.


Exemplo clássico: Um homem tem uma noiva (ou namorada)... um dia conhece uma outra mulher e abandona (ou trai) a noiva para ficar com a nova mulher. Ok, história comum e normal, sim? Sim.. e com consequências também comuns... Desta nova união nasce uma filha, (lembre-se que as crianças se doam ao sistema, tudo que precisa ser visto, incluído a criança mostra através de suas atitudes, sintomas). Esta criança tem uma afinidade especial com o pai, tanto que a mãe sente ciúmes do vínculo do pai com a criança. OU a criança tem uma tremenda birra e implicância com o pai, cobrando-o e afastando-o...
Ao montar esta constelação se perceberá o vínculo secreto desta criança com a primeira companheira do pai, ela o acusa, ou acusa a mãe em nome da primeira companheira. 

O que fazer?
É necessário primeiramente que os pais digam pra criança enquanto ela dorme "Querida filha, tu está livre. Esse assunto (e não precisa dizer o assunto) é dos grandes, nós cuidamos disso.". 
Em segundo lugar o casal precisa entender que este é o segundo relacionamento deste homem. A ex companheira veio primeiro, é digna de ser olhada com respeito pelo homem e pela mulher. A mulher precisa saber que é a segunda mulher, precisa internamente agradecer a primeira, que cedeu o lugar para ela, e que "fez" com que o homem fosse hoje o que ele é. Se a mulher teve agora um companheiro e um@ filh@ com este, é devido ao que ele "se tornou" depois da primeira.
Outra parte importante é abrir mão da culpa, em caso de traição ou de sofrimento da primeira companheira. Olhamos para o passado com aceitação. Naquele momento foi o melhor que puderam fazer. Honra-se a dor dela, mas não deve-se sentir culpa, pois culpa traz emaranhamento e os filhos, mais tarde, cometerão atos para também sentirem-se culpados.
O homem precisa honrar e agradecer internamente esta primeira companheira. E dizer pra filha que esta é a mãe certa pra ela. (dormindo também)

Essa dinâmica acontece mesmo que a filha não saiba conscientemente, nem a mulher, que o pai teve outra namorada. Obviamente também vale para a mãe, se ela teve outro relacionamento.

Antigos relacionamentos podem estar pedindo pra serem vistos também nos relacionamentos atuais. Sabe quando seu namorado tem um comportamento iguaaaal àquele seu ex que você não quer ver nem pintado na frente?
Falta sua gratidão pelo ex pra liberar o parceiro atual! Falta a consciência do namorado atual que ele não é o primeiro, mas que um(ns) outro(s) fizeram de você, o que você  é hoje! 
Se foi o ex que te magoou, falta aceitação do que foi, como foi.

Não mudamos o passado, mudamos o modo de olhar pra ele. Sempre entendendo que as pessoas sempre fazem o melhor que podem com o que sabem.


Nas famílias onde que os pais se separam e iniciam novas relações, @s filh@s muitas vezes representam o familiar excluído. Ex: Uma mulher que teve um filho com o primeiro marido e após se separar formou uma nova família. Se este pai (do filho) não for honrado e respeitado em seu lugar de primeiro marido e pai deste filho, o filho o representará, ou seja, terá os mesmos comportamentos... manias... e a mãe continuará "sendo obrigada" a olhar para o pai do filho, pois ele secretamente estará vinculado ao pai, para que ele tenha seu direito de pertencimento garantido. Por isso, um novo marido da mãe não é pai deste enteado, pois pai ele já tem. Assim como as despesas do filho não devem ser custeadas por este novo parceiro, mas sim pelo pai e pela mãe deste.

Então, entende quanta responsabilidade temos? 
Tudo o que fizemos e fizermos reverberará para nossos filh@s, net@s... 
Entende como é importante que todos sejam incluídos?

Minha sugestão pra hoje é lápis e papel pra fazer uma listinha (ou talvez listona) de todos seus relacionamentos anteriores. Coloque-os em ordem de data. Perceba as memórias que vem à mente. Veja se há semelhança entre el@s. Se há, perceba o que precisa "ser visto"... alguém mais na sua família teve companheir@s assim? Quem você precisa incluir? 

Compartilhe aqui nos comentários como foi a experiência!!


Dia 01/Out, teremos o Workshop Relacionamentos Afetivos - Desvendando os vínculos ocultos.
Prepara o coração pra essa aventura e vem! <3
Informações e inscrições: Facebook


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Vívian Pires

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ordens do Amor I


Quem tem acompanhado Constelações Familiares deve estar acostumado a ouvir falar sobre as Leis Sistêmicas, sim? Então, você que não tem acompanhado assim tão de perto, te convido a conhecer. Hoje, Agora!

Bert Hellinger criador das Constelações morou em uma tribo na África, a tribo Zulu, e lá percebeu que a forma de se relacionar deles era diferente da nossa, os Ocidentais... juntando todas experiências, vivências e pesquisa - ele é teólogo, pedagogo e filósofo - ele criou as “Ordens do Amor” (livro lançado no Brasil pela Editora Cultrix).
São três, falaremos delas ao longo de três (ou mais) postagens diferentes.

O pertencimento
Sabe aquela necessidade inata que todos temos de ser aceitos em um grupo? Aquele tipo de  roupa que vestimos pra ser mais parecidos com nossos amigos hippies/ modernos/ descolados/ estudiosos/ esportistas? Sabe aqueles papos que temos com determinados grupos? O último clipe da cantora “tal”/ o último jogo de futebol / as fofocas atuais dos famosos / o próximo encontro de meditação do mestre tal? Então, todos, sem exceção precisamos pertencer, somos animais gregários, precisamos de um bando, um grupo, um coletivo.
Quer ver coisa mais angustiante do que a ansiedade “Será que serei aceito?” num primeiro dia de escola, de um emprego novo, viagem, apresentação a um público... Tudo devido a necessidade de pertencimento!!


Rupert Sheldrake - biólogo, bioquímico e parapsicólogo - estudou profundamente esse comportamento nos animais. Sua mais conhecida teoria é a do “Centésimo macaco”, onde cientistas jogavam batatas aos macacos numa ilha para observá-los e ao longo do tempo uma macaca de 18 meses começou a lavar suas batatas antes de comer. Foi então que mostrou aos seus amigos e sua mãe, que mostraram aos outros e foi indo, indo até que todos da ilha agora lavavam suas batatas,  mas não parou por aí. Os macacos de outras ilhas, que não tinham nenhum canal de comunicação com esta ilha (cercados por água de todos lados) começaram também a lavar suas batatas. Com este estudo e consequente teoria, a dos Campos Mórficos, vemos que quando alguns poucos começam fazer algo diferente, aos poucos outros repetem até que chegue num número X que todos, sem restrição passarão a fazer. A esse “número x” chama-se Massa Crítica.
(Leia mais sobre aqui e aqui)

(campo mórfico dos peixes - em formação para se protegerem dos tubarões)

O que isso tem a ver com Constelação, Bert e tudo mais? Tem a ver que biologicamente estamos interconectados e que há a tendência de repetirmos tudo aquilo que deu certo = fez com que a espécie sobrevivesse.
Então, voltando ao pertencimento, somos um clã com nossa família biológica. Somos o resultado de gerações e gerações que aprenderam como sobreviver. E é por estarmos inseridos em um Sistema Familiar (campo mórfico) que estamos sujeitos às repetições do que “deu certo” com as gerações anteriores. A grande questão do Pertencimento é que somos todas as vitórias e todas dificuldades, carregamos as injustiças cometidas e as sofridas, os crimes, as bençãos... tudo que as gerações passadas passaram, nós carregamos em nosso campo.
A Lei Sistêmica do Pertencimento, descoberta por Hellinger, diz que ninguém pode ser excluído desse sistema, nem os perpetradores, mortos, natimortos, ex companheiros, abortos, assassinos, suicidas, loucos, filhos ilegítimos, nem os que julgamos moralmente.
O Sistema não possui julgamento moral a cerca do comportamento dos membros, ele apenas quer que todos pertençam e continuem sobrevivendo, ele busca sempre o equilíbrio. Então, quando temos, como exemplos, um avô alcoolatra, um aborto ocultado que ninguém fala sobre, algum membro que fugiu e ninguém mais soube dele ou uma pessoa que foi deixada num hospício... há uma exclusão, há um descumprimento ao Pertencimento. O que acontece nesses casos? Alguém do mesmo sistema “toma” o lugar dessa pessoa e passa a assumir seu destino, e muito provavelmente, também se torne um alcoolatra, se afaste, morra (ou sinta como se não merecesse viver) ou enlouqueça. Lembra? O Sistema não tem julgamento moral, ele simplesmente quer que todos os lugares sejam preenchidos, então toma alguém que vem depois (geração posterior) a serviço do Sistema.

E por que uma pessoa se doa para este lugar? Devido também ao pertencimento. Antes de nascer escolhemos o Sistema que iremos pertencer. Sempre brinco que escolhemos o DNA de uma família pelo “potencial de encrenca” (Evolução) que poderemos ter. A criança quando nasce está totalmente a serviço do Sistema, afinal ela precisa pertencer a alguma família, então ela adoece, se machuca e até morre por amor ao Sistema. Esse é o amor que adoece, o amor inocente, onde a criança inconscientemente “imagina” que pode pegar a dor de alguém para que esse alguém não sofra (mãe, pai, avós... mesmo desconhecidos) então ela toma o lugar daqueles que foram excluídos, para equilíbrio do Sistema. O que de fato não ajuda, pois ao invés de um sofrer, agora são dois, três, quatro... Isso vale para doenças, padrões de relacionamento, destinos comuns, como por exemplo, separações, mortes, abortos, profissões, crimes, pobreza, abusos.


Mas então qual o Amor que cura? Aquele que vê o passado e o honra! Aquele que reconhece todos antepassados como pertencentes, reconhece que todos fizeram o melhor que podiam com o que sabiam na época. Com certeza se nós parássemos pra pensar o que faríamos no lugar de nossa bisavó que deu seus filhos para adoção, com os mesmos recursos, na mesma época, chegaríamos a conclusão que faríamos o mesmo! Então, apenas olhamos pro passado e dizemos “Sim, exatamente como foi.”. Através das escolhas deles, hoje estamos vivos, e por isso, devemos agradecer e honrá-los.
As questões que deixo pra você hoje são: Como você olha para o passado - com gratidão e aceitação ou julgamento? Você está a serviço de quem no seu campo? Quem foi excluído de sua família? Quem ainda não teve seu lugar honrado?


Na próxima semana continuamos falando de Pertencimento, desta vez sobre ex relacionamentos.

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